segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Calma tempo!

1 ano e 5 meses...

Ao mesmo tempo que tudo parece estar na mesma olho e vejo que tudo mudou.

O apartamento não é o mesmo, a rotina não é a mesma, o carro não é o mesmo, meu corpo não é o mesmo. EU NÃO SOU A MESMA.

E esta ai a melhor parte. Eu amo ser essa pessoa que me tornei ao ser mãe.

Parece piegas, deve ser, mas ser mãe aos 40 me tornou sim alguém melhor. Alguém que percebeu ter uma força que até então desconhecia. Uma disposição inacreditável. 

Descobri que posso ser intima da cozinha e que o fato de eu gostar de manter tudo limpo e organizado não quer dizer que eu seja uma neurótica. Ou é e eu não percebi que estou surtando rs.

Enfim, o que quero dizer é que de fato passei por uma transformação completa da qual jamais imaginei passar. E sinto orgulho de mim mesma, porque não esta sendo fácil, mas eu to levando, estou dando conta na medida do possível. As vezes eu grito, rezo baixinho pedindo força, as vezes lamento quando algo parece não sair como planejado, mas eu respiro e continuo tentando.

Olho para o meu pequeno e vejo o quanto ele já esta independente, fico feliz, logo tudo se ajeita e eu volto a ter mais tempo pra me cuidar e coisa e tal, mas por outro lado tenho medo porque isso quer dizer que ele esta crescendo, e logo não precisará tanto de mim.

Sabemos que é assim que funciona, filhos são para o mundo... Mas hoje ele é meu mundo, e quero ele o mais perto que eu puder ter. E que o tempo me permita aproveitar isso ao máximo.







sábado, 14 de abril de 2018

Em meio ao caos...

1 ano e 1 mês depois me encontro ainda sem tempo pra parar na frente do Note e escrever tudo o que eu vivencio ao lado desse novo ser que entrou na minha vida feito um furacão. 

A casa esta de pernas pro ar, o carro cheio de farelo, meu cabelo sempre bagunçado, os cachorros estão mais enlouquecidos do que nunca, mas no meio disso tudo, meu coração transborda de amor.

Eu to aqui, pesquisando receitas gostosas na net pra tirar o coitado da rotina das papinhas. Olho ao redor e vejo milhares de coisas que quero mudar na casa pra transformar tudo num lugar melhor e mais gostoso pra ele.

Ele, ele e ele... sempre ele. 

Não consigo mais fazer nada que não inclua ele. Seja na hora do passeio ou na hora da faxina, afinal de contas, ele ta sempre por perto, as vezes mais perto do que deveria, tipo no meio das minhas pernas enquanto tento lavar a louça ou na minha frente enquanto tento fazer xixi. 

Enfim, essa é a rotina e a loucura daqui e de muitas outras casas onde habitam seres pequeninos e espertos como o Joaquim.

Espero ter tempo, ou pelo menos conseguir administrar o pouco que me resta pra registrar aqui essa experiência maluca e maravilhosa que é ser mãe!


  



Nasce uma mãe

Tudo foi praticamente perfeito, ou quase tudo.

Uma gravidez sem problemas e sem dores. Noites bem dormidas, sem desejos absurdos em horas impróprias... Nada além de pés inchados e calor absurdo, completamente normal para a época de verão.  

Infelizmente algumas coisas fizeram com que eu demorasse a aceitar e a amar meu bebê e tudo o que ele me proporcionava.


Demorei muito pra gostar daquela barriga crescendo, mês a mês. Enxergava tudo como gordura, peso extra. Mas ao sexto mês tudo mudou. As curvas eram expressivas, lindas, a barriga ficou firme, as entradas eram perfeitas... E eu ficava admirando cada pedacinho pelo espelho e cada vez que ele mexia eu sentia a nossa ligação... Como não amar isso tudo? 

Me preparei psicologicamente para um parto normal, achei que estava preparadíssima para as  tais dores do parto, o que acabou não acontecendo, por falta de dilatação tive que me contentar com uma cesárea.

O parto foi perfeito. Embora tenha odiado a sensação daquela cesárea, tudo correu como planejado. 

A recuperação foi ótima também, com ajuda da minha santa mãe não deixando que eu fizesse exatamente nada.

E eis que no parto nasceu um lindo e perfeito bebê,  e junto a ele uma mãe! 😊

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Medos e incertezas

Me pergunto se as mulheres que planejam uma gravidez se sentem preparadas e prontas quando ela finalmente se concretiza, porque eu que nunca planejei me senti completamente despreparada pra qualquer coisa que fosse acontecer.

Aparece gente de todo canto dando palpite, conselhos e prevendo tudo o que vai acontecer com você, seu corpo e futuramente com seu bebê. Mas agora posso afirmar que por mais que as pessoas tenham suas experiências pessoais, cada pessoa passa por tudo isso do seu jeito, não existe um padrão.

No começo meu maior medo era ficar gorda, cheia de estria e celulite, e claro, com peitos caídos. O parto era o que menos me dava medo. Era como se fosse ser algo fácil, sem dor e rápido... e que no final me daria a melhor sensação do mundo ao ver meu pequeno saindo naturalmente de dentro de mim. Mas não foi bem assim... Não foi natural, embora eu tenha tentado, mas foi rápido e correu tudo bem.

E ai começamos a outra parte dos medos e inseguranças. Onde temos um ser tão indefeso nos nossos braços, dependendo dos nossos cuidados. 

Meu primeiro medo foi do banho, confesso que demorei pra ter coragem em dar banho nele sozinha. Rolou, mas demorou uns dois meses.

Meus medos eram mesmo com o futuro. Ele mal tinha nascido e eu já temia o dia em que ele sairia de casa, e isso demoraria pelo menos uns 18 anos rssss, é eu sei, antecipei um pouco meu sofrimento.

Bem, eu tive a sorte de ter minha mãe o tempo todo ao meu lado, me ensinando, me auxiliando em tudo, desde a recuperação da cesárea até a compra de tudo, tudo mesmo que ele precisaria, porque eu não fazia ideia.

Eu me senti uma adolescente de 15 anos tendo seu primeiro filho... exatamente perdida.

O importante é que a gente descobre que junto com uma criança nasce também uma mãe, e automaticamente o instinto materno vai nos dizendo o que e como fazer tudo, com ajuda ou sem, a gente vai aprendendo junto com o bebê, passo a passo, superando os medos que pelo visto não cessarão tão cedo.




Quando tudo começou


Eu não esperava que esse dia chegasse.

Nunca fiz planos para nós. Nunca havia incluído a possibilidade de você na minha vida, nos meus sonhos.

E de repente, quando eu já imaginava que isso nem pudesse mais acontecer, você resolve me surpreender e entrar na minha vida sem pedir licença.

Em momento algum eu pensei em não deixar você entrar, mas confesso que demorei bastante pra entender a sua presença na minha vida, no meu corpo.

Você não me trouxe mal estar, dores, rejeição. Mas tive que superar meu maior medo: "tirar sangue", coisa que graças a você fiz inúmeras vezes, e as primeiras foram bem difíceis, chorei muito e xinguei muito você também. Com o tempo você me fez sentir gorda, feia. Demorei pra me olhar no espelho e admirar você dentro de mim.

E quando isso finalmente aconteceu, após 6 meses, processo estranho com você crescendo e deixando minhas roupas cada vez menores, eu passei a te apreciar todos os dias...

Cada mês que passava, você crescia mais um pouco e de fora eu acompanhava feliz esse crescimento. 

E então você me deixou linda e feliz!

Seja bem vindo Joaquim 💙